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  • Foto do escritorViviane Chow

Devemos mudar da água para o Vinho?



Reflexão sobre uma dupla perfeita: água e vinho. Compartilho um trecho do livro "Vinho é Saúde, autoria do Dr. Jairo Monson de Souza Filho, médico especialista em cardiologia e enófilo.

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"Mudar da água para o vinho". O adágio sugere que vinho e água estão em extremos opostos, são antagônicos e até incompatíveis. Mas não é assim.


A água é fundamental para o equilíbrio do vinho e da vida. Não existe vida e vinho sem ela. O principal constituinte do nosso organismo, do vinho e até mesmo do nosso planeta é a água. As pessoas são como os vinhos também por isso.


O principal elemento da Terra é a água. No nosso planeta temos 1,36 bilhões de km³ de água; dos quais 95,5% é salgada; 2,2% estão imobilizadas nas geleiras e calotas polares e apenas 2,3% em condições de consumo. Nos últimos 100 anos a população do nosso planeta duplicou e o consumo de água cresceu 10 vezes. Isso preocupa. Onde há água, há vida e riquezas. Onde ela falta, há miséria e a vida pena.


O nosso organismo é composto de 50% a 80% de água, dependendo da idade e da constituição física. Ela é o principal componente das células e consequentemente dos órgãos. É formado de água 85% do cérebro, 87% do sangue e 70% dos músculos, inclusive o coração. A água tem uma importância capital para nós.


Ela é fundamental não só para a constituição, mas também para o funcionamento do organismo. É indispensável para a homeostase, ou seja: para manter o equilíbrio do nosso corpo. Se ficarmos um dia sem beber água, instala-se um caos metabólico, podendo culminar com a falência de muitos órgãos em 2 a 4 dias.


O vinho tem de 85% a 90% de água. O resto é o resto. O que pretendo dizer é que os polifenóis, o álcool, os açúcares, as proteínas. os eletrólitos, os oligoelementos, as vitaminas, enfim, todos os outros (cerca de 1.000) constituintes encontrados no vinho não perfazem mais do que 15% de sua composição.


O ideal para o consumo vinho deve ser bebido com os alimentos. Quando se toma vinho também se deve beber água. O vinho não é uma bebida boa para matar a sede. A água é mais adequada para isso. Ela é ótima para hidratar e lavar as papilas gustativas, deixando-as em melhores condições para apreciar os gostos. O vinho é excelente para ressaltar os aromas e sabores de um prato, e com isso valorizá-lo, tornando a refeição mais prazerosa. Água e vinho se complementam na refeição.


É melhor beber água com gás ou sem gás? Tanto faz, depende do gosto. A diferença é que a presença de gás carbônico aumenta a absorção do álcool. É por isso que os vinhos espumantes "pegam" mais rápido que os vinhos tranquilos, mesmo que tenham menor concentração alcoólica (vide os Moscatéis e os tipo Asti). A presença de gás carbônico também estimula a secreção de substâncias responsáveis pelo processo digestório, favorecendo um pouco mais a digestão. O gás carbônico tem ainda um efeito tensoativo (o mesmo dos detergentes), "lavando" melhor a língua e papilas gustativas, o que favorece a percepção dos sabores.


É muito importante que se cuide da água. Ela é indispensável à vida. E ao vinho.


"Mudar da água para o vinho" só tem sentido no que se refere à cor. No resto eles são muito afins. É... "as aparências enganam".


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Portanto, considero dever de cada ser humano preservar ao máximo, o que puder, os cuidados de nosso planeta. Principalmente para mantermos as conexões com as fontes mais saudáveis, puras e cristalinas. Para isso, nossas ações devem ser agora e sempre! Precisamos conscientizar e buscar formas inteligentes com os recursos que temos. Preservando assim: a saúde e as riquezas da nossa Natureza.

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